segunda-feira, 30 de maio de 2011

Começou a disputa pela sucessão de SP

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Marta, Mercadante e Haddad
A sucessão já começou, para o bem e para o mal, nas principais cidades do país. O que se discute no meio político são as eleições de 2012. Na maior cidade brasileira, temos um quadro de dispersão e de divisão. O PSD, que saiu do DEM, terá candidatura. O PMDB também, mas está dividido entre Paulo Skaf, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),  e Gabriel Chalita, esse último, um candidato com fortes laços com o tucano governador Geraldo Alckmin. Já, o PSDB continua dividido, não apenas entre Serristas e Alckmistas, mas entre Jose Aníbal e Bruno Covas.

O PC do B pode lançar o vereador Netinho, que teve uma excelente votação para o Senado. Já, o PSB, com a saída de suas fileiras de Skaf e Chalita, esvaziou-se. No PT candidato é que não falta: Marta Suplicy, Aloizio Mercadante, Fernando Haddad, além de vários deputados. Ainda nada está decidido, mas fica claro que, com a divisão do PSDB e a crise do DEM, a implosão do PSB e falta de base do PMDB na capital, a eleição está mais para o PT. Se o partido não errar, volta a governar São Paulo pela terceira vez.

Nas alianças, tudo indica que o PSB continuará ligado ao tucanato. Afinal, o partido participa do governo Alckmin e o apóia na Assembléia. O DEM deve por esperar Serra, mas há notícias de que o candidato de Kassab é o ex-petista - e hoje verde - Eduardo Jorge. Alckmin ainda procura atrair o PP de Paulo Maluf e hoje conta com o apoio do PTB. Por fim, o PDT, que pode ter candidatura própria, e o PR podem se aliar ao PT, que, dependendo de apoios em outras capitais, ainda pode contar com o apoio do PC do B.

Reforma política

Essa antecipação exagerada do processo eleitoral municipal não é razoável e paralisa os governos, mas é a realidade. Isso ocorre apesar de ainda faltar um ano e meio para as eleições, um indicativo concreto que está na hora de mudar o sistema político eleitoral. Portanto, é importante que as eleições possam coincidir a cada cinco anos, um prazo maior do que os quatro anos em vigor. A propósito, as mudanças devem incluir a reeleição, mas manter o voto obrigatório e proporcional com financiamento público.

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