Ministra  Anna Hollanda (Cultura) foi a entrevistada desta quinta-feira (27/1) do  programa de rádio Bom Dia, Ministro. Foto: Antonio Cruz/ABr
Reduzir a violência urbana e inserir a sociedade e os jovens é a  proposta do Ministério da Cultura com a criação do programa “Praças do  PAC”. Segundo informou a ministra Ana de Hollanda em entrevista ao  programa “Bom Dia Ministro”, transmitido por rede de emissoras de rádio  sob comando da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O projeto conta com a  participação de diversos ministérios, e vai estar prioritariamente em  regiões de alta densidade demográfica, de baixa renda e alta  vulnerabilidade. Estas “Praças” terão espaços para esporte, bibliotecas,  oficinas, cineteatros, centros de assistência social. 
Segundo Ana de Hollanda, já foram selecionados projetos para 400  “Praças do PAC” em 362 municípios e, no fim deste ano, já deverão estar  abertas as inscrições de outras 400 unidades. A idéia, conforme  explicou, é trabalhar junto com as prefeituras, a comunidade local e os  movimentos organizados para instalar, manter e cuidar dos programas e  dos espaços. 
“Não só a construção é importante, mas também o trabalho que vai permanecer lá.”
Ouça abaixo a íntegra do programa Bom Dia Ministro.
A partir de amanhã (28/1) o site do Ministério da Cultura vai disponibilizar no “Praças do PAC”   o manual do projeto técnico para que as prefeituras possam se informar e  conhecer melhor as possibilidades e a documentação necessária.
Na entrevista, Ana de Hollanda contou também sobre a proposta do  vale-cultura. A ministra avaliou o projeto como importantíssimo, pois o  trabalhador vai poder ir ao cinema, ao teatro, comprar um livro, comprar  um disco a preços mais acessíveis.
“Se a gente não trabalhar voltado para o trabalhador brasileiro, que é a grande maioria, a gente está perdendo, a cultura está perdendo uma grande oportunidade de inserir a cultura, mesmo, na vida e no dia a dia do trabalhador.”
Para a ministra, a “cultura é um bem, uma necessidade de todo ser  humano, quer dizer, a cultura tem que estar na vida do ser humano. Ela  amplia visões, ela alimenta o cidadão para poder se inserir; a  cidadania, tudo isso está ligado muito à cultura. Parece um segmento  meio abstrato, mas ele tem uma função muito objetiva de lidar com o  cidadão. E o trabalhador também tem que lidar com isso, ele poder ter  esse direito.”
Ao explicar a criação da Secretaria de Economia Criativa, Ana de  Hollanda afirmou que o tema é uma necessidade que já vem sendo discutida  em vários países. Segundo a ministra, essa discussão começou na  Inglaterra. A economia criativa perpassa todas as áreas da cultura: o  espetáculo, a produção, as gráficas, até o pipoqueiro que está atendendo  as pessoas, exemplificou. 
“A secretaria nova veio para dar esse viés, essa visão de que a cultura tem um lado de economia que não estava sendo aproveitado. Vamos otimizar isso.”
 

 
 
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