UM ANO DEPOIS DA CPI DOS CORREIOS
Nos últimos dias, a mídia se dedicou a fazer um balanço bastante dirigido, bem típico dela, das medidas sugeridas pela CPI dos Correios e sobre a denúncia do Procurador Geral da República, que também já fez um ano.
O tom geral foi de uma falsa indignação pela impunidade e pelo risco de prescrição da denúncia, mesmo a mídia sabendo que o rito jurídico e as garantias constitucionais asseguram a todo acusado a presunção da inocência, e que o ônus da prova cabe ao acusador. Denúncia não é sentença. Acusação não é julgamento.
De uma maneira geral, todos os comentários, editoriais e matérias desconheceram, ao tratarem do meu caso, que nem a CPI dos Correios, nem o Procurador Geral da Republica apresentaram qualquer prova ou indício que me envolvessem nas denúncias, seja da CPI ou do Ministério Público.
Fui investigado também em duas denúncias paralelas. O chamado caso Valdomiro Diniz e as acusações do irmão do prefeito Celso Daniel. Em ambos, fui inocentado. No primeiro, depois de duas CPIs, dois inquéritos e duas investigações. Nada me envolve no caso Valdomiro Diniz. No segundo fui inocentado, em juízo, quando Francisco Daniel se retratou e a denúncia foi arquivada.
Minha vida pública e privada sofreu uma devassa, meus sigilos fiscal, bancário e telefônico foram quebrados e, depois de mais de um ano, nada foi provado contra mim. Em nenhum momento das investigações da CPI dos Correios fui envolvido em qualquer denúncia sobre os Correios. Toda acusação contra mim se baseou exclusivamente nas declarações do ex- deputado Roberto Jefferson, cassado pela Câmara dos Deputados, segundo o relatório, por ter mentido, por não ter provado que existia o mensalão, que denunciou.
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