O BNDES disporá de um total de R$ 145 bi para  financiar investimentos e programas em 2011, no 3º ano consecutivo que o  governo faz aportes de recursos para que o banco cumpra seu papel de  agência de fomento - foram R$ 100 bi em 2010 e R$ 80 bi em 2009.
A  excelente notícia foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega,  adiantando que o dinheiro virá da emissão de títulos da dívida pública.  Com estes recursos, segundo o ministro da Fazenda, o governo vai bancar o  Programa de Sustentação do Investimento (PSI) 3, por meio do qual serão  concedidos empréstimos ao setor privado com taxas de juros subsidiadas.
O  ministro negou haver contradição no fato de o governo liberar recursos  para o BNDES ao mesmo tempo em que anuncia um corte de R$ 53,6 bi no  orçamento de 2011: "uma coisa é gasto, outra é investimento. O BNDES não  pressiona a inflação. Pelo contrário", justificou.
Ciclo de investimentos
A  respeito da importância dos investimentos, recomendo a vocês a leitura  da entrevista do economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros,  publicada em O Globo de hoje sob o título "O Brasil vive um ciclo de  investimentos" (para assinantes). Barros explica que "o crescimento do  investimento foi notável. A taxa de investimento caminha para superar os  20% do PIB em 2011. O Brasil vive um ciclo de investimentos que, a  rigor, começou em 2004 e vai continuar".
Vejam, portanto, que o  anúncio da capitalização novamente do BNDES, do reajuste dos benefícios  do Bolsa Família, da Rede Cegonha anunciada pela presidenta Dilma  Rousseff nesta semana, das aplicações em educação e saúde são, na  realidade, uma confirmação da política social e de investimento do  governo nas atividades produtivas.

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