sábado, 5 de março de 2011

Medidas reforçam investimentos

O BNDES disporá de um total de R$ 145 bi para financiar investimentos e programas em 2011, no 3º ano consecutivo que o governo faz aportes de recursos para que o banco cumpra seu papel de agência de fomento - foram R$ 100 bi em 2010 e R$ 80 bi em 2009.

A excelente notícia foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiantando que o dinheiro virá da emissão de títulos da dívida pública. Com estes recursos, segundo o ministro da Fazenda, o governo vai bancar o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) 3, por meio do qual serão concedidos empréstimos ao setor privado com taxas de juros subsidiadas.

O ministro negou haver contradição no fato de o governo liberar recursos para o BNDES ao mesmo tempo em que anuncia um corte de R$ 53,6 bi no orçamento de 2011: "uma coisa é gasto, outra é investimento. O BNDES não pressiona a inflação. Pelo contrário", justificou.

Ciclo de investimentos


A respeito da importância dos investimentos, recomendo a vocês a leitura da entrevista do economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, publicada em O Globo de hoje sob o título "O Brasil vive um ciclo de investimentos" (para assinantes). Barros explica que "o crescimento do investimento foi notável. A taxa de investimento caminha para superar os 20% do PIB em 2011. O Brasil vive um ciclo de investimentos que, a rigor, começou em 2004 e vai continuar".

Vejam, portanto, que o anúncio da capitalização novamente do BNDES, do reajuste dos benefícios do Bolsa Família, da Rede Cegonha anunciada pela presidenta Dilma Rousseff nesta semana, das aplicações em educação e saúde são, na realidade, uma confirmação da política social e de investimento do governo nas atividades produtivas.

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