O vereador da cidade de Piancó, Pádua Leite (PT) detonou nesta  sexta-feira (21) a administração da prefeita Flávia Serra Galdino (PP).  Ele declarou que em termos de corrupção e roubo, “nem Fernandinho  Beira-Mar ganha da prefeita do município”.
 
  
Pádua denunciou que existe irregularidades nas locações de transportes, licitações e contratações de servidores. 
  
De acordo com o vereador, a prefeitura de Piancó estava com 600  contratados antes da recomendação do Ministério Público, que solicitou  aos prefeitos da Paraíba a substituição de comissionados e contratados  por concursados, mas a gestora fez o contrário, contratou mais 600  servidores. 
  
“A prefeita contratou o dobro de servidores para que o deputado que  ela apoio nas eleições de 2010, Adriano Galdino fosse majoritário na  cidade. Esse deputado é bandido igual a ela”, disparou 
  
O parlamentar-mirim finalizou dizendo: “a roubalheira aqui é monumental”. 
  
Caso grave 
  
A prefeita responde a uma ação judicial movida pelo Ministério  Público Federal, quando era secretária de saúde do município de  Cajazeiras. 
  
Veja texto da assessoria do MPF: 
  
O MPF ajuizou ação de improbidade contra o ex-prefeito de  Cajazeiras (PB) Carlos Antônio Araújo de Oliveira; a prefeita Municipal  de Piancó (PB) Flávia Serra Galdino (ex-secretária de Saúde de  Cajazeiras); os então membros da comissão de licitação, José Cavalcante  de Sousa, José Ferreira Sobrinho, Josefa Vanóbia Ferreira Nóbrega de  Sousa e Edmundo Vieira de Lacerda; o então procurador-geral do  município, Paulo Sabino de Santana; a empresa KM Empreendimentos Ltda e  seus representantes legais, Fábio Sérgio Albuquerque de Miranda,  Hamilton Guedes de Miranda e Carlos Joubert Guedes de Miranda. 
  
Prefeito e secretários 
  
Para o MPF o ex-prefeito, juntamente com os secretários municipais,  membros da comissão de licitação e procurador-geral do município estão  envolvidos em fraude licitatória, além disso, houve superfaturamento na  aquisição unidade móvel autopropelida versão oftalmológica e fábrica de  óculos, objeto do Convênio nº 2520/2002, celebrado em 2002 entre o  município e o Ministério da Saúde. Para o convênio houve a liberação de  R$ 576 mil e o município arcou com a contrapartida de R$ 64 mil. A  execução ficou a cargo da empresa KM Empreendimentos, através do  Contrato nº 552/2002. 
  
Prazo 
  
Na ação, explica-se que decorrido o prazo para a execução convênio,  o município prestou contas da aplicação dos recursos, tendo o órgão  concedente inicialmente se manifestado pelo cumprimento integral do  plano de trabalho. No entanto, após notícias de que a empresa KM  Empreendimento Ltda. estaria envolvida no esquema intitulado Máfia das  Sanguessugas, foram realizadas novas diligências a partir do  Procedimento Administrativo nº 1.24.002.000128/2005-99, instaurado pelo  MPF em Sousa, no qual foram apontadas graves irregularidades. 
  
Irregularidade 
  
Para o MPF, o ex-prefeito procedeu indevidamente à inexigibilidade  da licitação, fundamentando o posicionamento em documento expedido pela  Junta Comercial de Pernambuco, que atestava que a empresa KM  Empreendimentos Ltda. detinha, nacionalmente, a exclusividade da  produção do veículo com as características descritas no plano de  trabalho, o que inviabilizaria o caráter competitivo da licitação.  Entretanto, tal carta de exclusividade havia sido arquivada, inexistindo  assim o monopólio na produção de unidades móveis autopropelidas, e sim  apenas uma fornecedora exclusiva dos produtos de fabricação da  Guararapes Equipamentos Rodoviários. 
  
O MPF pede a condenação dos envolvidos nas sanções previstas no  artigo 12, inciso I, da Lei n° 8.429/92 e subsidiariamente com base no  artigo 12, inciso II, da referida lei. O valor da causa é de R$ 576 mil. 
  
Ação de Improbidade Administrativa nº 0001323-47.2010-4-05.8202, ajuizada em 26 de abril de 2010. 
  
  
Diário do Sertão
 
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