Um mito
Hoje é o último dia de mandato do  Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixa o poder, depois de oito  anos, como uma espécie de líder noir. Lula é duro na queda, encara  qualquer parada e cuidou dos mais fracos e desvalidos. Em síntese, um  homem comum que fez coisas extraordinárias, como ele mesmo gosta de  proclamar.
É mais ou menos esse o tipo de  carisma que Lula exerce desde quando liderou as greves dos metalúrgicos  de ABC no fim da década de 1970, em plena ditadura militar. Esse carisma  cimentou a fundação do PT e a criação da Central Única dos  Trabalhadores (CUT). Em 2002, levou-o à Presidência da República. Porém,  não foi corroído pelo exercício do poder, nem mesmo na crise do  mensalão, muito pelo contrário. Lula descerá a rampa do Palácio do  Planalto como um mito político.
Assim como foi Getúlio Vargas,  Lula é um líder político em contato direto com as massas, que já não  depende da mediação do seu partido nem dos sindicatos para fazer  política. Por isso, que a oposição não se iluda: Lula continuará  exercendo enorme influência, mesmo fora do poder, não somente porque foi  o artífice da eleição da presidente Dilma Rousseff, mas também porque  seu carisma sobreviverá na planície. Para 87% da população, segundo as  pesquisas de opinião, fez um ótimo governo.
Mídia
Não deixa de ser irônico.  Getúlio Vargas construiu seu carisma em parte por causa da forma como  soube utilizar o rádio. Do ponto de vista da comunicação, revolucionou a  forma de atuar na política. Lula só aprendeu a lidar com a televisão  depois de três derrotas eleitorais. No segundo mandato, usou e abusou da  tevê aberta para se relacionar com o povo. Resultado: deixa o governo  batendo recordes de popularidade.Correio 
Lula termina embalado por políticas sociais, economia e carisma
Luiz Inácio Lula da Silva deixa  o comando do Brasil como o presidente mais bem avaliado da história. As  políticas sociais despontam como o grande combustível para a aprovação  recorde, mas a fala simples do Presidente Lula e o contato direto  constante com o público também ajudaram para manter a maioria da  população ao seu lado.
Nas contas oficiais, sob Lula,  cerca de 36 milhões de brasileiros ingressaram na classe média. Ao mesmo  tempo, mais de 28 milhões de pessoas deixaram a pobreza extrema,  beneficiadas pelas políticas sociais do governo, em especial pelo  programa Bolsa Família.
Em oito anos, as políticas  sociais e os impulsos econômicos e fiscais dados à produção geraram mais  de 14 milhões de empregos formais. Embalados, os brasileiros aumentaram  seu apetite por crédito e o setor financeiro registrou recordes  seguidos de aumento nos financiamentos. Mesmo quando a crise global  chegou, o Brasil foi melhor que a maioria dos países.
No front político, logo no  início Lula enfrentou o descontentamento de amplos setores de sua base  eleitoral: as centrais sindicais criticaram o aumento do salário mínimo  em 2003 e o funcionalismo ficou insatisfeito com as mudanças no regime  previdenciário.
Além disso, o ex-metalúrgico e  sindicalista teve que enfrentar a desconfiança e o receio em relação ao  que seria seu governo logo que assumiu. Em tom de desabafo, a poucos  dias de deixar o cargo, disse que teve que provar ser capaz de governar  igual ou melhor do que todos os outros que passaram pela Presidência.
"Nenhum presidente da República  teve que provar qualquer coisa neste país, e eu sabia que eu tinha que  provar a cada dia", afirmou.
Governo
Na educação, houve mais recursos  com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de  Valorização dos Profissionais da Educação, o Fundeb. E o Ministério da  Educação criou o Programa Universidade para Todos (Prouni), que permitiu  o ingresso de pouco mais de 700 mil jovens em universidades privadas  por meio de bolsas de estudo.
Internacional
Sob a batuta do Presidente Lula e  do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e beneficiado pelo  bom momento econômico, o Brasil ganhou peso no cenário internacional.
Priorizou as chamadas relações  Sul-Sul, aproximando-se mais dos países emergentes e dos parceiros  regionais, e buscou uma atuação mais efetiva junto a países mais pobres,  especialmente na África. E atuou sem timidez nos fóruns internacionais,  como o G20, das maiores economias do mundo.
Além de uma maior aproximação  com os demais países do chamado Bric -China, Índia e Rússia-, o país  teve papel-chave nos acordos comerciais internacionais envolvendo o  Mercosul.
Carisma
A melhora de vida de milhões de  pessoas e o crescimento da economia explicam parte disso. Mas muito  também se deve ao carisma de Lula e ao seu jeito de falar ao público em  geral, usando uma linguagem direta,  fazendo metáforas futebolísticas.
Lula imprimiu na Presidência e aos costumes do Estado uma forte marca pessoal, que demorará para ser apagada 
Empregos cresceram 14,4%
A construção civil foi o setor  que mais se destacou na geração de empregos em 2010. Proporcionalmente,  foi a área que mais cresceu, com 14,4% de aumento no número de postos  entre janeiro e novembro. Em números absolutos, porém, os setores de  serviços, comércio e indústria de transformação continuam criando o  maior número de postos de trabalho. De janeiro a novembro de 2010, os  três setores criaram pouco mais de 2 milhões dos 2,5 milhões de empregos  gerados.
O setor de serviços empregou,  segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do  Ministério do Trabalho, 939,4 mil trabalhadores até novembro. A  indústria de transformação vem em segundo, com 638 mil empregos seguido  do comércio com 505 mil postos. A construção civil ficou em quarto com  333 mil vagas criadas em 2010, sem contar ainda os números de dezembro.
Do Blog "Os amigos do presidente Lula" 

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