Desde ontem (24/2), o Brasil passou a ser o primeiro país não integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a comandar a Força Tarefa Marítima (MTF, sigla em inglês), missão membro da Força Interina das Nações Unidas do Líbano (Unifil). Com a aceitação do convite feito pela ONU para liderar uma missão naval no exterior, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir ao máximo as tensões entre Líbano e Israel, além de buscar a manutenção da paz na região.
O contra-almirante Luiz Henrique Caroli, líder da operação, e mais oito militares brasileiros foram escalados para cumprir a tarefa que contará com oito embarcações e 800 militares originários de 33 países diferentes. Os militares já se encontram em solo libanês desde o último dia 15.
Com essa nova missão, o Brasil passou a ocupar a 12ª posição no ranking dos maiores países contribuintes de tropas. Segundo o Ministério da Defesa, o sucesso de diversas missões de paz realizadas por tropas brasileiras em todo o mundo contou muito para que a ONU tomasse essa decisão, a exemplo da mais recente delas: a operação de paz no Haiti.
A Unifil, criada em 1978 pelo Conselho de Segurança da ONU, conta com um orçamento anual de U$ 519 milhões para realização da missão e seu contingente contempla 11.961 militares, 330 funcionários civis internacionais e 657 nacionais. Em seu primeiro mandado, as Nações Unidas determinaram à Unifil a missão de garantir a paz no território libanês até que as tropas israelenses deixassem o país. Em 2006, essa orientação foi substituída pelo monitoramento do controle de hostilidade, acompanhamento das forças libanesas, incluindo as fronteiras de disputa entre os países; apoio ao acesso de assistência humanitária à população civil e o retorno de populações deslocadas.
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