Para ele, são falaciosas as teses de que o Brasil deve permanecer exportador de produtos primários ou focar a economia no setor de serviços. Essa análise do candidato da oposição não diz respeito ao governo Lula. É uma crítica, ou constatação, de políticas de seu próprio partido e do governo Fernando Henrique Cardoso que ele integrou durante oito anos como ministro do Planejamento e da Saúde.
O governo FHC rejeitava, abominava mesmo, adotar políticas industriais e não avançou em matéria de inovação e desenvolvimento tecnológico. No governo Lula é que o país voltou a ter política industrial e uma lei de inovação, bem como começou a descontingenciar os recursos dos fundos de ciência e tecnologia.
Foi no governo Lula, repito, que o Brasil iniciou uma agressiva política de exportação de serviços, tecnologia e capitais; lançou a iniciativa da União das Nações da América do Sul - UNASUL (bloco para traçar e acompanhar políticas no continente); retomou o MERCOSUL; e ocupou seu lugar nas negociações sobre protecionismo e comércio exterior.
Só agora, nos dois governos Lula, o BNDES passou a ter o papel ativo que desempenha na promoção das exportações, e se deu início a criação do Eximbank brasileiro, além de se montar a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (APEX). O próprio presidente Lula transformou-se num verdadeiro mascate do Brasil, viajando por todo o mundo, além de imprimir mudança à diplomacia do Itamaraty que assumiu de vez a defesa de nosso comércio externo e de nossas empresas.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Zé Dirceu
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