quinta-feira, 4 de março de 2010

Serra explica o governo FHC

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José Serra "É importante que a indústria se desenvolva também exportando, não apenas atendendo (...) o mercado interno". A declaração é do candidato da oposição à presidência da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS), feita em discurso na inauguração do novo complexo industrial da Case New Holland (máquinas agrícolas), em Sorocaba (SP).

Para ele, são falaciosas as teses de que o Brasil deve permanecer exportador de produtos primários ou focar a economia no setor de serviços. Essa análise do candidato da oposição não diz respeito ao governo Lula. É uma crítica, ou constatação, de políticas de seu próprio partido e do governo Fernando Henrique Cardoso que ele integrou durante oito anos como ministro do Planejamento e da Saúde.

O governo FHC rejeitava, abominava mesmo, adotar políticas industriais e não avançou em matéria de inovação e desenvolvimento tecnológico. No governo Lula é que o país voltou a ter política industrial e uma lei de inovação, bem como começou a descontingenciar os recursos dos fundos de ciência e tecnologia.

Foi no governo Lula, repito, que o Brasil iniciou uma agressiva política de exportação de serviços, tecnologia e capitais; lançou a iniciativa da União das Nações da América do Sul - UNASUL (bloco para traçar e acompanhar políticas no continente); retomou o MERCOSUL; e ocupou seu lugar nas negociações sobre protecionismo e comércio exterior.

Só agora, nos dois governos Lula, o BNDES passou a ter o papel ativo que desempenha na promoção das exportações, e se deu início a criação do Eximbank brasileiro, além de se montar a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (APEX). O próprio presidente Lula transformou-se num verdadeiro mascate do Brasil, viajando por todo o mundo, além de imprimir mudança à diplomacia do Itamaraty que assumiu de vez a defesa de nosso comércio externo e de nossas empresas.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Zé Dirceu

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