quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mensalão do DEM: em tempo recorde, aprovado impeachment de Paulo Octávio

Em menos de 12 horas, distritais fizeram com vice o que levaram quase três meses para fazer com Arruda


Mário Coelho, Congresso em Foco

Em menos de 12 horas, os deputados distritais aprovaram os três pedidos de impeachment contra o governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM). Durante sessão extraordinária, realizada no plenário da Casa, os parlamentares aceitaram, por 14 votos favoráveis e 10 ausências, a abertura do processo por crime de responsabilidade contra Octávio. Eles seguiram o relatório apresentado por Batista das Cooperativas (PRP), relator das matérias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Foram aceitos os pedidos protocolados pela Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF) e pelo PT do DF.

Os pedidos de impeachment contra Paulo Octávio foram protocolados na semana passada. Na manhã desta quinta-feira (18), a Procuradoria da Casa apresentou parecer favorável para três dos processos apresentados. Na noite de hoje, os relatórios de Batista das Cooperativas foram aprovados em plenário. Agora, eles seguem para a Comissão Especial. Em um dia, os distritais fizeram com Paulo Octávio o que com o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido) levou quase três meses.

Ao aprovar os pedidos de impeachment contra Paulo Octávio, a Câmara tenta dar mostras de que está fazendo o trabalho de investigação sobre o esquema de propina envolvendo membros do Executivo e do Legislativo descoberto após a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. É uma clara reação aos sinais dados pela Justiça após a prisão de Arruda, de que interviria no DF caso ficasse clara a omissão do Legislativa local. Os distritais entenderam o recado e resolveram começar a trabalhar. Até a prisão do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), os distritais governistas articulavam para colocar as denúncias para debaixo do tapete. A avaliação feita por oposicionistas era de que nenhum deputado que responde a processo por quebra de decoro parlamentar seria cassado.”
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