“A decisão do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), de desistir da disputa presidencial de 2010 surpreendeu o mundo político mais pela antecedência do anúncio do que propriamente pela decisão em si.
Cláudio Gonzalez, Vermelho.org
Esperava-se que Aécio fosse anunciar sua desistência em janeiro. Mas ele antecipou o anúncio em pelo menos quinze dias. As verdadeiras razões desta antecipação é que ainda não foram totalmente esclarecidas. Seria um blefe? Uma estratégia para pressionar Serra e a cúpula tucana? Só Aécio e seus aliados mais próximos é que podem dizer. Mas que ele iria anunciar a desistência já era fato conhecido nos bastidores de Brasília há muitos dias.
Aliás, Aécio já havia comunicado sua decisão informalmente à cúpula tucana na semana passada. Vários órgãos de imprensa chegaram a noticiar isso. O anúncio de hoje foi apenas uma formalização, ocorrida após alguns dias de conversas de bastidores onde acertou-se o tom e os termos da renúncia à pré-candidatura. E pela carta que Aécio tornou pública, é de se supor que as conversas de bastidores não foram nada cordiais.
A carta de Aécio não cita nem uma vez o nome de seu adversário na disputa, José Serra. À primeira vista, isso pode não parecer tão importante, mas é altamente revelador da indisposição do governador mineiro com seu colega paulista. Além disso, boa parte da carta é dedicada a mostrar que Aécio seria um candidato melhor do que Serra para o projeto tucano. O texto revela ainda um rancor contido de Aécio em relação à própria cúpula do PSDB, que negou-se até o último momento a atender os apelos dele em prol da realização de prévias para escolher o candidato do partido. As críticas que Aécio faz ao governo Lula e à estratégia governista de transformar a eleição de 2010 numa disputa plebiscitária estão sendo tratadas como ponto central do documento pela mídia, mas uma leitura atenta revela que trata-se mais de uma demarcação de terreno com vistas à disputa estadual mineira do que propriamente em relação à contenda nacional.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Cláudio Gonzalez, Vermelho.org
Esperava-se que Aécio fosse anunciar sua desistência em janeiro. Mas ele antecipou o anúncio em pelo menos quinze dias. As verdadeiras razões desta antecipação é que ainda não foram totalmente esclarecidas. Seria um blefe? Uma estratégia para pressionar Serra e a cúpula tucana? Só Aécio e seus aliados mais próximos é que podem dizer. Mas que ele iria anunciar a desistência já era fato conhecido nos bastidores de Brasília há muitos dias.
Aliás, Aécio já havia comunicado sua decisão informalmente à cúpula tucana na semana passada. Vários órgãos de imprensa chegaram a noticiar isso. O anúncio de hoje foi apenas uma formalização, ocorrida após alguns dias de conversas de bastidores onde acertou-se o tom e os termos da renúncia à pré-candidatura. E pela carta que Aécio tornou pública, é de se supor que as conversas de bastidores não foram nada cordiais.
A carta de Aécio não cita nem uma vez o nome de seu adversário na disputa, José Serra. À primeira vista, isso pode não parecer tão importante, mas é altamente revelador da indisposição do governador mineiro com seu colega paulista. Além disso, boa parte da carta é dedicada a mostrar que Aécio seria um candidato melhor do que Serra para o projeto tucano. O texto revela ainda um rancor contido de Aécio em relação à própria cúpula do PSDB, que negou-se até o último momento a atender os apelos dele em prol da realização de prévias para escolher o candidato do partido. As críticas que Aécio faz ao governo Lula e à estratégia governista de transformar a eleição de 2010 numa disputa plebiscitária estão sendo tratadas como ponto central do documento pela mídia, mas uma leitura atenta revela que trata-se mais de uma demarcação de terreno com vistas à disputa estadual mineira do que propriamente em relação à contenda nacional.”
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