Que outro partido reúne tanta gente e com tanta vibração?
Outra mentira é dizer que Dilma Rousseff é uma candidata "estranha" ao partido. Não é. Sua candidatura foi lançada meio que para testar viabilidade, mas acabou crescendo e tornando-se quase unanimidade.
A maior dissidência aberta no PT foi com a saída de Marina Silva (Flávio Arns não conta, pois ele era um tucano infiltrado).
No entanto, na sexta-feira, na terra de Marina Silva, o PT do Acre inteiro, estava unido, na inauguração de casas do Nossa Casa, Nossa Vida. O discursos foram todos entusiasmados e confraternizadores. Ninguém fez críticas uns aos outros. Até Tião Viana fez um discurso de lulista desde criancinha (veja aqui em nota anterior).
Então a saída de Marina Silva foi caso isolado, e já planejado há algum tempo.
A imprensa mente, quando diz que o PT acabou, porque ela é serrista, e queria rachá-lo, queria que virassem um bando de meia dúzia de aloprados, a serviço da oposição, contra o governo Lula.
Fracassaram, então escrevem o desejo que eles gostariam que se tornasse realidade.
A imprensa, sob a batuta de José Serra (PSDB/SP), sabe do poder que um governo bem avaliado tem em uma eleição presidencial. Em 1986, quando Sarney estava com a popularidade do plano Cruzado, o PMDB fez barba, cabelo e bigode nas eleições. Em 1994, Itamar Franco, com o plano Real, fez o sucessor, elegeu a maioria dos governadores aliados, e as bancadas do Congresso.
Em 2010, quando a economia deverá estar bombando, a oposição sem discurso, sem proposta e sem projeto terá muita dificuldade.
Os senadores e deputados do PT não tem escolha. Precisam se acostumar com batalhas das quais não tem como fugir.
A regra de lidar com a imprensa terá que ser: falem mal, mas falem de mim [dos parlamentares do PT].
Quando a imprensa serrista fala mal de um parlamentar do PT, toda a blogosfera progressista sai em sua defesa, fazendo o contraponto.
Quando a imprensa serrista fala bem de um parlamentar do PT, é porque ele pisou feio na bola, e a militância fica entre frustrada e revoltada. Não ganha voto demo-tucano e perde votos lulistas.
Pecha de mentirosos está sendo colada na imprensa
O caso Lina Vieira tinha como objetivo colar a pecha de mentirosa na ministra Dilma, mas a pecha de mentirosos está sendo colada na imprensa.
Desde o depoimento da ministra, há mais de uma ano, em que José Agripino Maia foi trucidado por Dilma, ao defender indiretamente a tortura, a oposição tenta desconstruir a imagem de Dilma, buscando colar a pecha de "mentirosa", porque vasculharam toda a vida dela e não encontraram nada, nada, nada que possam criticá-la objetivamente. Não há escândalos no passado de Dilma, não há indícios de falcatruas que possam ser explorados. Terão que inventar.
Mas nessa busca insana, quem tem mentido reiteradas vezes é a oposição e a imprensa (que também é oposição).
Da dita grande imprensa, quase todos os veículos continuam insistindo na farsa.
Os únicos que já publicaram o óbvio, que é Lina Vieira quem está mentindo, foram as revistas Carta Capital e Época (revista das Editora Globo).
Já há farta documentação, como viagens de Lina Vieira incompatíveis com a data do encontro, que a imprensa diz ter conseguido em off, há contradições em seu depoimento, há mentiras comprovadas em seu depoimento. Há encontros com o Senador José Agripino Maia.
Gostando ou não gostando de Dilma, não há mais como negar que, mais uma vez, quem fala a verdade é Dilma.
Os veículos de imprensa que não se retratarem, não dizerem das conexões dela e do marido dela (que lhe orientou no depoimento no Congresso), estarão cometendo suicídio e perderão leitores e audiência, mesmo entre os demo-tucanos, pois ficarão definitivamente com a pecha de mentirosos, para quem ainda acredita.
Para o leitor anti-lula se informar com informações oficiais demo-tucanas, basta entrar no site do PSDB, do DEMos, dos senadores de oposição, dos governos de oposição, não precisam da imprensa.
Jornais, rádios e TVs, ainda podem se dar ao luxo de contar versões deturpadas dos fatos, podem omitir, podem reduzir notícias ou amplificar de acordo com interesses políticos, mas não podem mentir, naquilo que todo mundo já está sabendo, senão, até eleitores demo-tucanos desistem de ler e ver. Não há texto capaz convencer um leitor diante de uma foto, que amarelo é azul.
As pessoas podem ser fanáticas pelo que torcem na política, mas querem ver o jogo com seus olhos, mesmo que seja para ela própria avaliar se um penalti foi ou não bem marcado, elas querem saber como foi a jogada.
Esse episódio já entra para história do jornalismo, igual houve o caso Proconsult, quando a Rede Globo insistia em publicar números mentirosos na apuração da eleição de Leonel Brizola, em 1982.
A imprensa rasgou qualquer código de ética jornalístico quando, em casos de confronto de palavra de um contra o outro, ou aparecem os fatos, ou quem acusa deve provar. Sem provas a pessoa acusadora é leviana.
Quando Dona Lina não apresentou uma data, nem hora, a situação piorou, pois a credibilidade fica reduzida à zero.
A imprensa mentiu quando construiu a imagem de Lina Vieira como alguém acima de qualquer suspeita. Escondeu que seu marido foi ministro de FHC. Escondeu que os senadores do Nordeste da oposição, quase todos são velhos conhecidos do marido de Dona Lina. Escondeu que ele respondeu processo por improbidade administrativa ao lado de Roseana Sarney. Ao esconder, não apenas omitiu, com mentiu, para que Dona Lina não ficasse com a "credibilidade" sob suspeita.
A imprensa tentou testar hipótese com o dia 19 de dezembro de 2008, ao vasculhar a agenda oficial e pública de Dilma, e deu se deu mal, pois viagens, tanto de Dilma, como de Lina, comprovaram ser impossível tal encontro naquela data.
A Pecha de mentirosos está sendo colada na imprensa, mas não podem reclamar. Fazem por merecer.
Zé Augusto,
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