Segundo dados divulgados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o grupo das 30 economias mais industrializadas do mundo, no Brasil foi gerada uma média de 2,7 milhões de novos postos de trabalho por ano, durante o período entre 2002 e 2005.
Brasil, Rússia, Índia e China, os chamados BRIC, geraram mais de 22 milhões de novos empregos por ano, em média, enquanto o grupo de países integrantes da organização criou apenas 3,7 milhões de empregos por ano.
O número é cinco vezes maior do que a geração de empregos de todos os países da OCDE juntos, segundo números da própria organização.
Apesar dos números animadores do Panorama do Emprego da OCDE, a taxa de desemprego no Brasil, em torno de 9%, ainda é considerada alta e o problema atinge principalmente as mulheres jovens no país.
Pobreza e salários
A geração de empregos foi acompanhada de uma queda nos índices de pobreza nos BRIC, mas a desigualdade de salários permanece alta no Brasil.
Segundo a OCDE, isso indica que, ao contrário do que dizem as teorias econômicas tradicionais, a integração internacional de países como o Brasil não foi associada a um aumento de salários para a mão-de-obra não-qualificada.
Outro desafio para os BRIC, de acordo com a entidade, é a redução da informalidade no mercado de trabalho.
No Brasil, por exemplo, o emprego no setor informal representa cerca de 45% de todo o mercado no país, o que mostra que o crescimento econômico mais acelerado não derrubou as barreiras que impedem a transição para o setor de emprego formal.
De acordo com a OCDE, esta transição seria um fator fundamental para fortalecer as perspectivas de crescimento em longo prazo para os BRIC.
Folha Online
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